quinta-feira, 28 de julho de 2011

Meu desejo


Não quero  saber por onde andas,

Nem falar sobre o tempo que mudou rápido

Muito menos sobre o teu chefe que te incomodou

 sobre teu ônibus que atrasou ou como tua faculdade te cansa

Só quero uma desculpa pra me atirar no abismo dos teus olhos

Cair no mar

Me afogar em ti

No silêncio, na presença

O único som que quero ouvir é da tua respiração

Não quero te perguntar nada, quero apenas sorrir

Não importa, não me interessa

Apenas fale, fale...

Fale sem palavras, eu te entendo

Eu comporto a tua dor

Desde que seja nos teus braços!

E, e, e...e!

Hoje eu só queria ir pro parque, sentar no grama, tomar mate, rir de qualquer coisa, mas coisas que não precisam ser faladas e sim sintonizadas, que olhamos e sabemos e rimos e temos a mesma concepção sobre aquele assunto e ambos concordamos que é engraçado e talvez até mesmo pelo mesmo motivo e ninguém perguntaria, apenas saberia!

Amor escroto!


Quero um poema que não me denuncie

Nada de ironias ensaiadas, crimes inventados, choro de novela das 8

Quero um poema soco no estomago, que me chutasse o saco caso tivesse um

Quero um poema que estoure os vidros,  que te acorde aos berros

Quero um poema desses que te faça gritar de dor, que te corte como navalha

Pingos de sangue sobre teu papel

Quero escrever em teu corpo, sobre o brilho de uma  lamina, afiada

Cortante
Vem meu amor, que  te espero ansiosa